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VENTO QUE SABE VOAR
Quero ser vento, sopro sem fim,
Voar onde a alma chamar para mim.
Mas não um vento sem rumo, fugaz —
Quero ser brisa que chega e traz.

Ser vendaval quando a vida pedir,
Ser leveza quando for pra seguir.
Quero dançar sobre campos e mares,
E atravessar horizontes, lugares.

Quero tocar telhados e corações,
Sussurrar verdades, calar ilusões.
Rodopiar no tempo, sem me prender,
Ser movimento, ser o porquê.

Mas não um vento perdido no ar —
Quero saber onde posso pousar.
Ser força que ergue, que sopra e ensina,
Não tempestade, mas luz que ilumina.

Quero sentir-me solta, liberta,
De alma escancarada, janela aberta.
Sem medo, sem grades, sem correntes no chão,
Seguir os instintos, ouvir o coração.

Mas… e os muros que a mente constrói?
As pedras internas, a culpa que dói?
Será que há barreiras no mundo de fora,
Ou são sombras dentro que gritam agora?

As cercas que temo, será que são reais,
Ou ilusões feitas de medos ancestrais?
Descubro, então, num sopro de verdade,
Que o vento mais livre é o da consciência em liberdade.

E assim sigo, vento, som e silêncio,
Com rumo e coragem, sem mais reticência.
Não fujo do mundo, não nego a dor,
Mas sopro além — buscando amor.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 23/05/2025
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