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A LINHA ENTRE DOIS MUNDOS
O mundo ideal é utopia sutil,
Perfeição que vive num plano febril.
Sem dor, sem falhas, sem hesitação,
Suspenso no ar, sem peso ou chão.

Mas o mundo real é feito de extremos:
Alegrias, partidas, dores que temos.
É vida que ri, é morte que cala,
É tempo que chega, é tempo que embala.

É luz e sombra em constante colisão,
É abraço que fica e adeus que se vão.
É parto e perda, encontro e ausência,
É carne exposta à frágil essência.

E se for preciso escolher um lugar,
Que seja o real — o chão a pisar.
Pois quando o sonho se veste de fato,
Perde o mistério, cai no impacto.

A ilusão despenca da torre brilhante,
E nasce o conflito a cada instante.
O homem, então, volta a sonhar,
Na ânsia de um mundo a se reinventar.

Pois viver é sempre este contrassenso:
Entre o que é e o que é imenso.
Entre o que temos na palma da mão
E o que escapa — sonho e razão.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 23/05/2025
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