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MEU CORAÇÃO INDÔMITO
Ó meu coração indômito, só meu, selvagem,
que arde e vive em livre viagem,
jamais será por outrem domado,
nem por mãos alheias aprisionado.

Selvagem é a ausência de rédeas, certo,
um fogo puro, um segredo aberto,
não és posse, não és objeto,
és alma que foge a todo preconceito.

Ninguém poderá deter teu curso,
nem impor-te freios, nem argúcia,
pois és chama que em mim habita,
só meu, e só a mim se limita.

Posso tentar, mas será ilusão,
capturar-te é vão desvario,
será sombra, será miragem,
breve eco de tua passagem.

Não há medida para teu querer,
não se prende o mar a viver,
nem se conta o tempo na imensidão,
nem se doma o turbilhão.

Meu coração é vasto oceano,
que não cabe em mão ou plano,
liberdade que só a mim cabe,
na paixão que nunca se sabe.

Não há domínio, não há prisão,
para o fogo da minha paixão,
é essência única e verdadeira,
indomável na minha beleza.

Assim guardo em ti, só para mim,
o mistério ardente, o querubim,
meu coração, só meu, eterno,
indomável, livre e terno.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 25/05/2025
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