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GELO E FOGO
Sinto frio — no corpo, na alma,
um frio que queima, que não se acalma.
Frio que fere, frio que dói,
um gelo sutil que não se esconde, pois

O calor parece tão distante,
como um sol que se esconde errante.
Como resgatar essa chama perdida,
que aqueça a vida, traga guarida?

Será no toque do vento sereno,
ou no abraço do verso ameno?
Quem sabe em meus passos, em meu vagar,
possa o fogo interno voltar a pulsar.

No divagar poético encontro abrigo,
palavras que aquecem meu próprio frio,
na dança lenta do verso e do som,
desperto o calor que me toma e me doma.

E assim, entre sombras e luz,
o frio cede, a alma seduz,
pois mesmo na mais fria estação,
vive acesa a chama da paixão.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 25/05/2025
Alterado em 25/05/2025
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