PAZ
Paz que busco e que encontro, enfim,
no adeus sereno, no começo e no fim.
Paz que habita o silêncio e a espera,
nas madrugadas e na luz que impera.
Paz na partida, no último olhar,
na lágrima quieta que insiste em ficar.
Paz no instante que tudo revela,
no tempo que passa e na alma que vela.
Paz na ausência que ensina a sentir,
no eco do mundo, no ato de ir.
Paz que não grita, mas sabe acalmar,
que vem sem alarde, só pra repousar.
Paz na solidão que acolhe e preenche,
no peito que aprende, no ser que se entende.
Paz na coragem de não ter razão,
no passo incerto, no gesto de mão.
Paz que floresce em cada estação,
nos ventos que mudam de direção.
Paz que renasce, sutil, no porvir —
morada secreta que insiste em surgir.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 25/05/2025
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.