Textos

OLHOS
Olhos calmos, espelhos do ser,
Profundos mares onde posso me perder.
Às vezes brilham em riso contido,
Outras, carregam o peso do não dito.

Olhos meus, abertos e obtusos,
Guardam segredos e sonhos confusos.
Olhos que veem, mas nem sempre entendem,
No silêncio da alma, mistérios que vendem.

Olhos que buscam luz no escuro da mente,
Refletem medos, desejos, um rio corrente.
Neles, a vida dança em sombras e brilhos,
Histórias contadas sem usar palavras, só fios.

Olhos que choram o que o peito não diz,
Mas também sorriem, quando o amor os quis.
Olhos que são porta, que abrem e fecham,
No teatro da vida, onde tudo se despeça.

Olhos calmos, olhos profundos,
São o mapa secreto dos mundos fecundos.
Olhos meus, que aprendem a ver e a ser,
Na beleza triste de simplesmente viver.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 26/05/2025
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