PRISÃO
Que prisão é essa, que me desfaz?
Da alma que grita?
Do corpo que jaz?
Já não sei mais se sou chave ou algema,
Se sou o silêncio ou a voz do problema.
Caminho em círculos dentro de mim,
Sem grades visíveis, sem um fim.
É cela sem muro, é fuga sem chão,
Sou cárcere e prisioneira em contramão.
Trago os grilhões forjados no medo,
No aço das culpas, no tempo sem enredo.
E quanto mais corro, mais me enlaço,
Sou eu que me prendo, sou eu que me laço.
Mas às vezes, no escuro, há uma fresta de luz,
Um sopro que acalma, uma chama que conduz.
Talvez a prisão não esteja por fora,
Talvez liberdade seja agora.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 27/05/2025
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