SENTIR
Sinto
o cheiro da alma,
da aura que acalma,
da flor que desabrocha
no canto da palma.
Sinto
a cor que respira,
o sabor que delira,
o silêncio que mira
meus gestos no ar.
Sinto
o tempo no vento,
a ausência no centro,
os rastros do intento
que insiste em ficar.
Sinto
a sombra que dança
com a luz da esperança,
o riso na lembrança
que vem me tocar.
Sinto
a dor que não grita,
mas pulsa e me habita,
feito brasa bendita
a me reinventar.
Sinto
a vida em pedaços,
nos cheiros, nos traços,
nos sonhos escassos
que insisto em bordar.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 27/05/2025
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