Luz que reluz e acende caminhos,
Desfaz as sombras, dissipa espinhos.
Move as ondas, a alma embala,
E em meu silêncio, tudo fala.

Luz que não cessa, que nunca se apaga,
Que dança, avança, vibra e divaga.
Anda constante, jamais se retira,
É chama viva que nunca delira.

Luz que soma, que não atormenta,
Aquece o peito, jamais enfrenta.
Cresce em mim como um canto calado,
Brilha suave, livre e alado.

Luz do sol, das estrelas no véu,
Vinda do fundo — do ser mais fiel.
Desamarrou cada nó, cada amarra,
E agora é voo que o medo não barra.

Tão forte quanto o vento e o sol ardente,
Tão serena quanto o mar e a mente.
Luz que me guia, que em mim se acende,
E nunca parte, nunca se rende.