Textos

OLHOS SECOS
Olhos longínquos, secos, sem vida,
indefesos diante da tormenta perdida.
Seria o tempo a te marcar?
Ou a dor, que insiste em pesar?

Talvez o excesso de um mundo incerto,
um sopro que vem, que vai, sempre aberto.
Vento que trouxe, levou, não trouxe jamais,
movimento constante que o peito desfaz.

Cheio de sombras e velhas preocupações,
tempo que não pede nem dá explicações,
repleto de marcas, de golpes e traições,
conspira no silêncio das emoções.

Alegrias fugazes, torpes, intensas,
fragmentos breves em horas dispersas.
Dores que morrem, vivas em ilusões,
ecoando fundo em mar de alucinações.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 29/05/2025
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