O BELO QUE ME HABITA
Continuarei amando...
Sorrindo, mesmo em dor calada,
Acreditando na alvorada,
Que vem depois da escuridão.
O belo ainda me fascina —
Na criança que se aninha,
No riso solto, que ilumina,
Na simplicidade do coração.
Serão essas minhas causas,
As mais puras, mais reais,
A ternura em gestos banais,
E as verdades sem disfarces ou pausas.
Já não me prendo aos velhos egos,
Nem ao espelho da vaidade,
Rompi com minha própria grade —
Hoje busco outros sossegos.
Almejo o belo que é essência,
Na arte, na filosofia,
Na palavra que arrepia,
E na poesia em resistência.
Não há mais tempo para ilusão,
Para máscaras ou vaidades.
Que venham só as claridades
Das verdades do meu chão.
Que seja a vida o que é de fato:
Um breve instante de ternura,
Onde a beleza, mesmo obscura,
Brilha no olhar mais sensato.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 30/05/2025
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