PLENITUDE
Plenitude...
um sussurro perdido no vento,
um desejo que percorre o tempo,
todos a buscam — assim como eu,
na dança eterna do ser e do céu.
Senhora estranha,
figura ao longe no horizonte,
teu olhar calmo, sereno, distante,
espelha a alma que habita em mim,
silêncio profundo, começo e fim.
Olhar que vê além das formas,
perspicaz, vasto, como o mar,
exuberante, fértil, sem normas,
fascina e chama a se revelar.
Luz que brilha forte e audaz,
raio que fende a escuridão,
ascende sombras, tenaz,
vela que arde no coração.
Tu és a chama discreta, sutil,
luz que pulsa no escuro profundo,
farol que guia o passo febril,
a promessa do encontro fecundo.
No silêncio do ser, no vazio,
a plenitude se faz presença,
não é alvo, não é desafio,
mas o abraço da essência.
E assim, caminho entre sonhos e real,
na busca que não cessa nem finda,
pois a plenitude é o sinal,
da alma que vive e se brinda.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 04/06/2025