MINHA ESPERANÇA
Senti no ar uma alegria,
vaga, sutil — ou fantasia?
Talvez concreta, não sei dizer...
Mas algo em mim quis renascer.
Foi tão intensa ao me tocar,
como os pulmões ao respirar.
Fiquei feliz, sorri sozinha —
Esperança... és tu, minha?
Voltaram sonhos (quais pensei calar),
pensamentos que vinham e iam no mar.
Indesejados? Talvez um dia.
Hoje os recebo com cortesia.
Pois se ainda os sinto, estou desperta,
minha alma vibra, a vida acerta.
Sou viva! E brilha o meu sentido —
um sol se abre em meu ouvido.
Tão viva quanto o sol no poente,
que se despe e vai, reluzente.
Tão bela quanto o campo em flor,
que dança ao vento sem pudor.
Tão forte quanto o mar em festa,
que nunca cessa, nunca resta.
Sou eu, pulsante, em poesia —
mistério, riso, melodia.
Esperança é minha, não se explica.
É chama quieta que não se apaga,
é mar em mim, que nunca seca,
é fé serena, firme e mágica.
E ninguém — não ousa ninguém —
tirar de mim o que me vem.
Minha esperança é chama interna,
verdade viva. Veraz. Eterna.
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 13/06/2025
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