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ENTRE O AMOR E O ÓDIO
FANTASMA
Amo-te da pior maneira que existe,
com um amor doente, que persiste.
Amo-te demais, de forma insistente,
num desejo vão, febril, recorrente.

Amo-te no sonho — delírio irreal,
no imaginário, nada convencional.
Amo-te em teus breves versos e prosas,
em palavras soltas, amargas, porosas.

Amo-te à distância, em silêncio e agonia.
Amo-te em segredo, todos os dias.

FANTASMA!
Assombras minha alma,
meus desejos,
minhas manhãs sem calma...

Sufocas minha voz,
entorpece o meu ser.
Adoece meu corpo,
minha mente a doer.

Que trajeto tão ínfimo e vil!
Quis desprezar-te, ferir-te, ser hostil.
Mas nunca consegui...
Nem com toda a dor, nem com todo o frio.

Odeio-te, agora, com fúria latente —
e mesmo assim,
ainda amo-te eternamente...
Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 25/06/2025
Alterado em 25/06/2025
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